22.2.09

O Distante - smile upon me


Olho.
Olho e nada vejo.
Procuro.
Procuro e nada encontro.
Falta algo, falta ali algo. Não importante, mas não banal também.
Algo que sempre ali esteve, e agora falta.
Olhares, actos, palavras, pensamentos, sentimentos, tremer. Tremo!
Falta algo que me tira do pedestal onde me encontrava. Não alguma coisa ou alguém, apenas algo.
Algo que estava lá mas já não está. Um pedaço, um bocado, um pensamento, um sentimento, uma palavra - Algo!
Algo que um cigarro me fazia lembrar.
Algo que uma queda me fazia lembrar.
Algo que um olhar me fazia lembrar.
Algo que um pensamento me fazia lembrar.
Algo que sentia.
Algo que me acalmava.
Algo que era de mim.
Algo que nunca procurei.
Algo que estava sempre lá.
Algo...!
Algo que foi para longe, que foi embora, desapareceu, fugiu, sumiu-se, que deixou de existir. Algo que se transformou em coisa nenhuma, num esquecimento, num 'já existiu'.

Procuro, olho por todo o lado, ando em busca, penso no que será, sinto o que falta.
Aluado, submisso ao mundo, perdido no verdadeiro ser dos pensamentos, deslocado de todos os lugares, sozinho entre as companhias, despojado de sentimentos, sem palavras no momento certo, sem senso comum, sem nada que algo me faz ficar.
Chego onde não pensamentos ou palavras. Chego pela primeira vez a um sitio desconhecido, despromovido de qualquer informação, algo novo ou no entanto velho. Contradições na minha cabeça.
Cansado de me entregar aos pensamentos, dorido de não conseguir, fatigado de ser.

Algo, que está lá.
Algo que vejo ao fundo.
Algo que está distante.
Algo que está agarrado a um olhar, um sorriso, uma palavra, um pensamento!
Algo que surge por entre o mundo já perdido, entre os dissabores da vida breve, dos sentimentos, do infortúnio do ser.
Algo que está agarrado a pessoas que são novas por entre as velhas, por pessoas que se tornarão velhas por entre as novas.

Um olhar pode mudar muita coisa, dependendo para onde se olha, para o que se olha, do que se vê! Um olhar...



Alguém disse:
"Na natureza nada se perde, nada se cria; tudo se transforma"
Antoine Lavoisier

Já vi muito!

15.2.09



Doors, some are closed, some are being closed, but a few ones stay open and anothers are opening.
I want to open some doors and close anothers but it's hard to do that.

I stare glazed at your eyes and even then I couldn't smile, I coudn't walk away, I coudn't say any word that's make sense. I couldn't do anything!

I'm drunk with my drunkness of being. I'm tired of being.
I am just tired of my thoughts!

3.2.09

(mensagem sem nome)

(galatea das esferas)
Musa!
-

Salvador Dali, pintor espanhol de grande renome, graças aos seus trabalhos surrealistas.
Adoro!
Faz-me pensar.

Ando perdido em pensamentos, as coisas do passado continuam no presente, o futuro um pouco mais incerto, mas mesmo assim não muda nada, e o presente um pouco igual, com partes boas, outras más. Digo que quando não penso sinto-me bem, me abstraio, me distraio, sinto-me óptimo, que quando aterro, aterro mesmo, bato fundo e sou envolvido em coisas imparáveis, coisas que não quero resolver, coisas que me formam e me fazem, coisas que mostram quem sou, Eu!
Tenho perdido tempo no tempo, tenho tentado ganhar algum tempo também, tenho feito descobertas e tenho perdido algo também.
"O tempo pergunta ao tempo
Quanto tempo o tempo tem.
O tempo responde ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto tempo o tempo tem."
E eu preciso é de tempo. Tempo para desdobrar o tempo. Tempo para me mostrar com o tempo. Tempo para ser o tempo. Tempo para descobrir. Tempo para Ser.
Já passou tempo e mais tempo e continuo aqui, nesse tempo surgiu outro tanto tempo para me permitir ter mais tempo. Neste tempo, continuo igual, perdi tempo, mas espero ganhar tempo também. Espero ganhar algo mais que apenas tempo, espero ganhar-me a mim e a algo(que espero descobrir em pouco tempo o quê).
No tempo do tempo digo:
-Acabou!
-Acabou isto e aquilo.
-Acabou o que durou, o que começou e quis acabar.
-Acabou o aquilo que sempre me faltou, acabou por falta de algo, por haver algo demais, acabou simplesmente.(ponto)

Sinto-me cansado, inconstante e inseguro, enfim Eu!
Como estou,se me sinto bem, como tenho passado... Um mar sem fim de perguntas às quais não quero responder. Respondo apenas ao que me interessa, sempre assim fui, e por vezes penso que me interesso por pouco, mas pouco que se torna tão grande, enorme, grandioso!
Interesso-me pelo meu bem estar por vezes, pelos que me rodeiam e pelo que quero conhecer ainda mais.
Desinteressei-me por parte do meu passado, grande parte dele até, tanto que poucas são as coisas que ficam agora.

No meio do meu mundo complexo, desinteressante, inebriante, passivo, tenho procurado sempre algo, algo que por vezes encontro e não encaixa onde deve, mas no entanto perco tempo em procurar soluções, não seremos assim todos!?

Gostava de puder dizer certas palavras, mas as palavras são incertas na sua forma de percepção, são sinceras e enganosas, são impossíveis de dizer em certos casos e são fáceis demais noutros, é tudo uma confusão.

Neste momento gostava de algo...!
Sinto falta de algo, simples! ;)

That I am here I just want something and that is closer than I think.
Butterflies and Hurricanes,
My stomach and my thoughts..!