21.5.09

Há tempos...

Um daqueles dias mais vulgares.
Acordas meio perdido.
Relembras a noite, o dia passados.
Sorris, extasias-te, entristeces-te, ficas sóbrio.
Qualquer coisa te pode acontecer.
Levantas-te e dás-te conta que estás atrasado.
Fumas um cigarro, comes e partes ao que te espera.
Começa por aí.
Fazes o que te pedem, mas tudo sai mal.
Acabas desinteressado.
Vais a mais um ritual, mas não há nada que te prenda ali agora.
Dizes meia dúzia de palavras.
Voltas a casa. Fumas um cigarro.
Sentas-te e fazes o teu normal.
Tudo corre com a sobriedade esperada.
Levantas-te. Vais a onda tens de ir mas sem dares por isso.
Regressas. Fumas um cigarro.
Deitas-te.
Adormeces.
Acordas meio perdido.
Relembras a noite, o dia passados.
Sorris, extasias-te, entristeces-te, ficas sóbrio.
Qualquer coisa te pode acontecer.
Pensas. Dás-te conta mas não bem de quê, porquê, onde.
Dás-te conta que algo não está bem, que falta algo, que existe um 'je ne sais quoi' em ti.
Mas. Mas não te dás conta e segues. Não pensas.
Nisto vislumbras. Agarras, tiras, pões nos lábios, acendes, puxas, travas, relaxas.
E pensas: Deve ser o cansaço.

Dias assim.

"Táxi
Leva-me para onde está o meu amor
Táxi
Leva-me para lá de mim
Táxi
Atropela-me os sentidos e a alma para não deixar vestígios"

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